Já dizia minha avó
"O mal secular, definitivamente arraigado à trama da humanidade, subsiste." Não precisa ir muito longe; é nos pequenos detalhes da convivência que ele se encontra. Lá está ele. Há quem diga que, para o outro se destacar, é necessário que, por uma falsa comparação, sintamos ser feio e errado. Desde pequenos, somos advertidos, com toda certeza, de que é horrível, mas até quem ensina, lá no fundo, também sente. Ao observar a fama e o reconhecimento de alguns, outros ninguém menciona. Isso tem banalizado, em peso, uma sociedade corrompida pela inveja. Sentirmos inveja ou sermos invejados? Menos mal é querermos ser invejados, mas não sentir inveja. É hipócrita quem diz estar feliz com a felicidade do outro, mesmo que o outro seja favorecido. Não tem como desejarmos a felicidade do outro com toda sinceridade se nós também precisamos de reconhecimento. Não é fácil saber que não fomos lembrados, mas pior é ser por uma multidão que também gostaria de destaque.
Não é que seja errado sustentar o próprio "EU", mas é necessário lembrar que a maioria ainda está em constante evolução, e isso poderá afetar o crescimento de outros seres que estão em estágios diferentes de nós. Se analisarmos bem, não fazemos nada mais do que nossa obrigação: esforçar e contribuir com um mundo mais justo e mais humano. Se todos nós compreendêssemos a linguagem dessa partilha fraterna e pudéssemos olhar o outro de igual por igual, não haveria conflitos e guerras. Mas enquanto acreditarmos neste engano da espécie, somente contemplaremos irresistivelmente essa obtenção: “que eu diminua para que TU CRESÇAS SENHOR!”
Juliana Amorim Alves
Enviado por Juliana Amorim Alves em 30/08/2025
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