O monólogo da voz interior, de conteúdo pragmático prejudicial, das notícias negativas e alarmantes, provocava uma possível camada protetora e resistente, como estorvo da indiferença. Por fim, não se apresentava na aparência física, sendo um aparato da característica expressão facial, essencial nessa época intransigente. Se procuramos aceitação das pessoas, é hora de mudar esse hábito, pois corremos o sério risco da decepção. Supondo que este é um lugar agradável com o qual viemos, como uma nova chance de recomeçar, nos foi dado, como esquecimento, a prioridade de tudo. E, com a "morte", recebemos a permissão de lembrar de toda oportunidade que jogamos fora, em busca de uma aventura permanente. E isso irá soar como um eco ambivalente, ferindo nossa consciência como uma perfeita sonorização, o que irá retardar o processo de superação, como forma crescente de uma tortura na alma, por não termos sido capazes de acreditar fielmente na ampliação do novo. Não somos; apenas estamos nesta condição, presos na matéria, e precisamos treinar o alvo da nossa estadia e lançarmos olhares para dimensões infinitas e superiores. Creio que deve ser pior lembrar de tudo aquilo que renunciamos por uma falsa garantia de ganhar permanência. Almejamos o raso e não fomos capazes de confiar no eterno, facilitando mantermos uma frequência-analogia de superação. Ao compreendermos que, mediante o pecado, a morte entrou no mundo, existe o lado futuro. O que atrasa é o passado, de uma forte e ainda incabível tolerância de procrastinação, que impede, invicta, as almas de quererem ou não, sob pura e independente vontade, sabotar a iniciativa de ainda crucificar o tempo quase que esgotado, para transcendental e incapaz atitude em continuar impedindo a frustração imediata de nos apropriarmos de esquecermos tudo, para, assim, recebermos a dádiva postergada de um corpo glorioso.