Entre duas vertentes, humanas e exatas, não se encontram, mas são paralelas. As exatas, ao longo de um percurso radicalizado da economia, como tudo gira em torno do capitalismo, debruçaram-se diante dos desafios e necessidades. Em contrapartida, deixaram de lado a filosofia, teologia, psicologia, etc. Por tratar-se de alimentar a dor e o sofrimento, passamos a valorizar muito mais a expansão e o crescimento da preocupação com a desigualdade social. O que está ocorrendo é desproporcional, cada vez mais sistemático e silencioso do que parece. Esquecemos que o ser humano é falho e que nunca se ouviu dizer que tudo é permanente. Engana-se quem pensa que a tecnologia resolveu todos os nossos problemas de ordem vigente. Todos os impérios caíram e a tecnologia não será diferente. Os seres humanos terão que estudar todos os transtornos e consequências gerados na saúde e os prejuízos, e isso também deverá ser corrigido após um longo período de tempo. Até que essa repercussão seja amenizada, seus efeitos deverão ser dissolvidos de formas sutis e gradativas. Como também somos passageiros e mortais, nada aqui neste mundo é eterno. Tudo está em transformação, a tecnologia não é diferente; pode até continuar, mas será um processo lento até que nossa ficha caia por completo. Não foi fácil chegar até aqui, afinal, não temos como competir com algo “preciso”. O apego excessivo às coisas materiais é excepcionalmente resultado da tecnologia e para expressar esse tipo de assunto, não há como florear. A tecnologia é o resultado de uma expressão radical capitalista, fruto de uma máquina consumidora de humanos, desenvolvida a partir de uma mente artificial financeira capaz de detectar, vulgarmente, no próprio cérebro, uma reparação opressora ao sistema contrário operacional monetário.