Andei errante
Pela busca incessante de me encontrar neste percurso descobri que nunca sabemos totalmente de nada. Eu estava lá não foi mentira, hoje sinceramente lamento e arrependo, parece que eu era outra pessoa e era, modificada pelo sofrimento estou mais madura. Como gostaria de falar tudo o que sinto e vejo, só podia responder por mim, mais ninguém ao mesmo tempo. Humildade ainda seria insuficiente, mas é o único caminho para conseguir transmitir o que tanto oprime ser indubitável. A transparência era a única saída de sobrepujar e reajustar o molde da fidelidade aos aspectos majoritários. Como consequência desta aventura incontrolada de trazer fielmente as insígnias absolutas da representação do pensamento era necessário voltar às lembranças, várias vezes ao ponto de partida. Tudo dependia das amargas horas, das datas, somos escravos desta matéria. Nossa saúde e compromissos estão sob domínio do tempo, tudo é relativo? A espera é total até a nossa morte. Pena que acordamos sempre atrasados para reconhecer e recomeçar o tal “antes tarde do que nunca.” Refletindo o passado pude perceber o quanto sabotamos para chegar até aqui, encontros, passeios, consultas médicas, Santas Missas que perdemos por vários motivos desistimos não por contratempos mas por não entendermos o real sentido do Chamado? Será que para alinharmos nosso futuro a Vontade Divina deveríamos observar o nosso SIM como da Virgem Maria? Perdi as contas de quantas vezes oportuna e inoportunamente me encontrei sem rumo, chegando à conclusão de que podemos com certeza renunciar a muitos convites, mas o de Deus?
Juliana Amorim Alves
Enviado por Juliana Amorim Alves em 15/01/2025
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