Encontro secreto.                                                                                        Mergulhada por um stress constante, podia sentir os nervos abalados. Sem uma direção, precisava de injetar ânimo. Enfim desgastada, o que restava era me entregar à típica reinvenção em uma nova busca. O sentimento era tão ruim que provocava um e enjoo e náuseas o tempo era curto e por isso desenvolveu um mecanismo de defesa contra os inimigos que tentavam contaminar e aniquilar o processo antes que chegasse ao fim. Mãos e pés começavam a bater, trepidava,  dando impulso se soltava, só assim conseguia movimento da apatia que a deixava inerte. A posição única de transmitir a mensagem exigia movimentos. Introspectiva, deixava de olhar para o mundo real e sempre escutava a mesma frase: “cuidado para não se esquecer”. Graças a esse aviso sempre ficava antenada aos sussurros. Os dias se tornavam áridos, o que prejudicava e fabricava uma visão opaca. Para isso, era necessário o uso de um lubrificante contra o tédio, para não prejudicar a mesma linguagem adormecida de sempre. Ao dormir, lembrava; e ao acordar esquecia. O que era raro dormir, por uma perseguição noturna de descobrir o “nome” que precisava de escutar quando chegasse a hora definitiva de não mais acordar. Me sentia solitária e não podia confiar em ninguém. Humanos pensam e falam coisas que não devem e nunca estão satisfeitos: "seres assim não deveriam existir". A palavra para entrar em outras dimensões celestes, através da tentação de revelar o segredo, por uma proteção misteriosa foi preservada, para que nenhum humano pudesse ter acesso. Entre dois mundos, era esse o único meio de ter certeza que após não mais acordar fosse resgatada por anjos que confirmaria o próprio segredo.