APARENTE DICOTOMIA
Assim começo decepcionada, pela busca incessante de observar, até que envolvida e cúmplice desta descrição. Olhares dentro de uma direção, peço permissão para prosseguir. Ao mesmo tempo influências de pessoas do nada, surgem pedindo acesso ao coração. Por um descuido estou a me definir. Sempre dando motivos para alcançar um propósito maior, que justifique, empenhar na loucura desesperada, de encontrar algo neste mundo que seja perfeito. Por um longo caminho, procuro e busco objetos, coisas, músicas, jornal, etc… que neste jogo de palavras inacabadas e desalinhadas, deixam a marca registrada da inspiração. Nesta dimensão, um motivo além das expectativas. Por motivos infinitamente misteriosos, causava um incômodo que perturbava e aumentava o descontentamento. Sentimento de impotência feria o âmago. Quanta escassez, nada satisfazia os anseios sob a química cerebral, em sustentar este argumento, que contraria a condição de alcançar o eixo desestabilizador, da abertura principal, do defeituoso ruído. Preferindo as valsas e artes psicodélicas, para amenizar a turbulência dos dias confusos, em delinear os sentimentos que corroem a insensatez meticulosa. Disfarçando a melancolia do sufoco, desapego, em aceitar a sutil interferência do feixe de um raio de luz, penetrando na escuridão do luto, desbloqueando o funcionamento da mesma. Desestabilizando o cérebro em função da evolução emocional, exposta aos estímulos mais discretos, associados à convivência. O ser humano é um enigma que não nasce pronto, mas ao longo do tempo, vai se transformando numa espécie cada vez mais bizarra. Com a qual ele mesmo responde diante as surpresas inevitáveis, de stress cada vez mais intensificadas pela intransigência das imperfeições.
Juliana Amorim Alves
Enviado por Juliana Amorim Alves em 26/04/2024
Alterado em 13/08/2024