A dor como artifícios do entendimento
Sem solução procurava a resposta. Não mais a cura, somente sentia profunda solidão e uma enorme responsabilidade. Sem resposta se fazia a questão e tinha que ser assim. Como se fazer questão? Sendo a confirmação, muito mais além, não confiava nas minhas próprias forças humanas, mas usava a dor como artifícios do entendimento. Já que era a responsabilidade, pesava sobre mim, minha missão, me tornando alvo da reflexão. Sem a cura sustentava o argumento, sozinha não tinha ninguém que respondesse para mim. Provavelmente o alívio não se dava pela cura, mas sim da dor, que deveras sente.
Juliana Amorim Alves
Enviado por Juliana Amorim Alves em 19/03/2021
Alterado em 23/06/2021
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